O que devemos fazer para envelhecer com saúde e aproveitar a maturidade com corpo e mente sãos?
Como você quer estar aos 70 anos?”. O cardiologista Fábio Gazelato de Mello Franco, coordenador médico da Unidade Vila Mariana do Einstein, gosta de fazer essa pergunta aos pacientes. “As pessoas costumam planejar muitas coisas na vida, mas quase nunca se preparam para um envelhecimento saudável”, afirma.Segundo ele, é preciso cuidar-se sempre, ao longo do tempo. “A doença não surge de um dia para o outro. Ninguém fica diabético, hipertenso, com colesterol ou triglicérides altos de repente”, diz. Os problemas se instalam aos poucos e, em geral, de maneira bem sorrateira, sem sintomas.
Na maioria das vezes, eles só são descobertos em uma consulta médica de rotina, por meio de uma avaliação física e de um exame de sangue. A partir daí, o melhor caminho é tratar.
A hipertensão ou o diabetes não têm cura, apenas controle. E, quando não controlados, podem causar um estrago danado no organismo e até mesmo minar a saúde – talvez não hoje, mas lá na frente. “O problema não é ter a doença, mas como ela está sendo tratada”, resume o médico.
Para a geriatra Theodora Karnakis, do Hospital Israelita Albert Einstein, as escolhas que fazemos ao longo da vida também são importantes para uma maturidade mais plena. “Minhas atitudes no trabalho e com relação às demais realizações pessoais também estão relacionadas ao idoso que serei. Está claro que esse é o maior desafio da sociedade atual”, diz. Segundo ela, um estilo de vida saudável, equilibrado e feliz reduz não apenas os riscos de doenças cardiovasculares, mas também o desenvolvimento do câncer. A médica recomenda, ainda, a ida a um geriatra, já a partir dos 60 ou 65 anos, para um melhor controle das doenças mais comuns nessa fase.
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Estima-se que até 80% das pessoas têm duas ou mais doenças na maturidade. Isso acontece porque, conforme o tempo passa, o organismo também envelhece, a memória começa a falhar, os movimentos vão ficando mais lentos.
Além dos males crônicos, é comum que o homem ou a mulher tenham problemas osteoarticulares, osteoporose ou doenças degenerativas. Até a depressão pode dar as caras mais facilmente: de 10% a 15% das pessoas desenvolvem o problema. “E a depressão, ou mesmo outras alterações cognitivas, tem um impacto grande nas doenças crônicas. Ao se sentir tão fragilizada, a pessoa adere menos ao tratamento, não quer ou esquece de tomar as medicações e cuida menos de si mesma – não se alimenta direito, não se exercita”, conta o médico Fábio Gazelato. É aí que a família precisa estar atenta, incentivando e encorajando.
Um passeio na praça perto de casa pode ser revigorante, assim como uma ida ao restaurante favorito ou uma reunião com os netos. Até mesmo rever os álbuns da família pode ser uma boa pedida. Ao folhear as páginas, revisitamos nossa história e reconstruímos os fios da vida. E assim tudo parece fazer mais sentido.
Fonte: einstein.br
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