Desde que a prescrição da flibanserina, conhecida como “Viagra feminino”, foi liberada nos Estados Unidos, no ano passado, mulheres de todo o mundo renovaram as esperanças de, enfim, poder contar com um medicamento para tratar a disfunção sexual.
Por enquanto, a droga foi aprovada somente para uso na pré-menopausa, mas a ideia é que até os homens possam se beneficiar do remédio no futuro.
Para que ele esteja disponível no Brasil, é preciso que o laboratório fabricante manifeste interesse em vendê-lo aqui e o submeta à avaliação de órgãos nacionais.
Embora tenha uma ação diferente em relação a substâncias usadas contra a impotência, a flibanserina foi apelidada de “Viagra” por ser o primeiro medicamento desenvolvido para combater problemas da sexualidade feminina — embora, originalmente, ele tenha sido concebido como um antidepressivo.
Segundo o ginecologista Marcos Arcader, do Hospital Adventista Silvestre, o objetivo da droga é proporcionar bem-estar geral à paciente, de forma que ela fique apta a se excitar e sentir prazer.
— Não é qualquer mulher que terá indicação para usar esse remédio. É preciso que ela seja bem avaliada para que se exclua patologias que podem estar impedindo a libido, como endometriose, inflamações, malformações que causam dor na relação e ressecamento vaginal — afirmou.
De acordo com a psiquiatra Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da Universidade de São Paulo, como a flibanserina combate a falta de desejo, ambos os sexos podem utilizá-la. No entanto, o medicamento vem sendo direcionado às mulheres porque tal problema é mais comum entre elas: pesquisas realizadas pela médica mostram que a ausência de libido está presente em de 9,5% a 10% da população feminina, contra de 2,5% a 3% dos homens.
— O comportamento sexual das mulheres é multifatorial e depende de aspectos físicos, psicológicos, culturais e sociais — ponderou a psiquiatra.
Entre os possíveis efeitos colaterais da flibanserina, segundo especialistas, estão náuseas, tontura, sonolência e queda da pressão arterial.
Fonte: globo.extra.com
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