Depressão - Peixes gordos ajudam a reduzir risco




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Comer peixes gordos, como o salmão e o atum, pelo menos duas vezes por semana, permite reduzir em até 25% o risco de depressão nas mulheres. A conclusão é de um estudo realizado por pesquisadores australianos e publicado em Abril na revista científica American Journal of Epidemiology.

A pesquisa, realizada por uma equipe do Menzies Research Institute na Tasmânia, Austrália, acompanhou mais de 1.400 homens e mulheres com idades entre os 26 e os 36 anos ao longo de um período de cinco anos, tendo todos os participantes mantido diários onde anotavam seus hábitos alimentares (nos quais se incluíam vários tipos de peixe e marisco).

Os especialistas, coordenados por Kylie J. Smith, concluíram que a regularidade da inclusão do peixe, em especial dos peixes ricos em gorduras saudáveis como o ácido ómega-3, na dieta se traduzia numa redução de até 25% no risco de depressão no sexo feminino.

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Os benefícios do consumo de peixes como o atum e o salmão mantiveram-se, nas mulheres, mesmo depois de considerados fatores associados ao estilo de vida como os hábitos do fumo, o peso, a prática de exercício físico, o consumo de álcool, a educação e a situação profissional.

Estes resultados levaram os pesquisadores a acreditar que os elevados níveis de ácidos graxos ômega-3 presentes nestes tipos de peixe podem combinar-se com dois dos principais hormônios femininos, a progesterona e o estrogênio, ajudando que o cérebro se mantenha funcionando normalmente e com saúde.

“As mulheres que, pelo menos, comeram peixe mais de duas vezes por semana apresentaram um risco 25% inferior de vir a sofrer de depressão durante o acompanhamento realizado do que as que incluíam este tipo de alimento na sua dieta com uma menor frequência”, explicam os cientistas.

“O fato desta associação entre o peixe e a saúde do cérebro nas mulheres não se ter observado nos homens pode ter a ver com o fato dos homens ingerirem mais ácidos graxos provenientes de outras fontes alimentares, principalmente a carne”, acrescenta a equipe no artigo, considerando que “as interações entre os hormônios sexuais e os ácidos graxos ômega-3 podem proporcionar uma outra explicação”.

Segundo os pesquisadores, “estas descobertas vêm juntar-se às evidências anteriores de que o consumo de peixe pode ser mais vantajosa para a saúde mental feminina”.



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