6 Maneiras de Prevenir um AVC



6 Maneiras de Prevenir um AVC
Maneiras de Prevenir um AVC

Existem algumas condições que podem aumentar o risco para o desenvolvimento de um AVC. A principal é a hipertensão, e o melhor tratamento é a prevenção.

Podemos reduzir o risco de um AVC por meio do tratamento adequado da hipertensão, do diabetes, do sedentarismo, do colesterol, das doenças cardíacas e do tabagismo.

A hipertensão arterial ou pressão alta é o principal fator de risco para o AVC, tanto isquêmico quanto hemorrágico. 


Pessoas com pressão alta têm chances de quatro a seis vezes maiores do que as não hipertensas de terem um AVC

Ao longo do tempo, a hipertensão leva à aterosclerose e ao enrijecimento das artérias. Isso, por sua vez, pode levar a bloqueios ou obstruções de vasos sanguíneos e também ao enfraquecimento das paredes das artérias, o que pode resultar em ruptura. O risco de AVC é diretamente proporcional aos níveis de pressão arterial. 

A hipertensão arterial deve ser adequadamente tratada. As principais medidas não farmacológicas são uma dieta balanceada com baixos teores de sal, assim como a realização periódica de exercícios físicos

Existem diversas medicações que podem ser utilizadas no tratamento da hipertensão arterial e cabe ao médico, em conjunto com o paciente, realizarem a escolha pesando os riscos e benefícios de cada droga.
Com relação ao diabetes, vários estudos demonstraram que pessoas diabéticas apresentam um risco maior de um AVC quando comparadas a não diabéticas, independentemente da presença de outros fatores de risco. O controle adequado dos níveis glicêmicos em pacientes diabéticos não tem um impacto tão direto no risco de apresentar um AVC, assim como o tratamento da hipertensão arterial.

Também é sabido que o controle glicêmico é importante para a prevenção de outras condições cardiovasculares além do AVC. Os níveis de pressão arterial em pacientes diabéticos devem ser controlados mais rigorosamente do que em pacientes não diabéticos. De uma maneira geral, o risco de doença cardiovascular (incluindo o AVC) é cerca de duas vezes e meia maior em diabéticos.
O sedentarismo é um fator de risco para doenças cardiovasculares e AVC. Exercícios regulares e moderados ajudam a prevenir doenças cardíacas e AVC, além de controlar o colesterol, a diabetes a obesidade e também a diminuir a pressão arterial em alguns pacientes. Qualquer atividade física deve ser sempre realizada com acompanhamento de profissional competente.


O colesterol nada mais é do que uma substância gordurosa encontrada em sua corrente sanguínea e em todas as células. O corpo produz colesterol, que é necessário para formação das membranas das células e dos hormônios. 

Altas taxas de colesterol podem aumentar o risco de AVC indiretamente, pois elevam o risco de doenças cardíacas que, por sua vez, são importantes fatores de risco para AVC.

Além disso, a formação de placas de gordura nas artérias carótidas pode causar bloqueio do fluxo de sangue para o cérebro e assim causar um AVC isquêmico. Um estudo recente mostrou que pacientes tratados com medicação para baixar o colesterol do tipo estatina apresentam um menor risco de recorrência de AVC. O tratamento de altas taxas de colesterol também funciona como prevenção das doenças cardiovasculares, como o infarto agudo do miocárdio.
As doenças cardíacas, principalmente a doença das artérias coronárias, têm vários fatores de riscos comuns ao AVC. Portanto, portadores de doença coronariana (pacientes que já tiveram um infarto do miocárdio ou têm angina, dor no peito) apresentam um risco maior de terem um AVC do que pacientes sem doença coronariana. Existe um tipo de arritmia cardíaca chamada fibrilação atrial, que também aumenta o risco de AVC e, sendo diagnosticada, deve ser prontamente tratada.

Estudos demonstram que o tabagismo é um importante fator de risco para AVC. A fumaça do cigarro pode produzir diversos efeitos nas artérias do cérebro, levando a danos importantes. Além disso, o tabagismo é um fator de risco para doenças do coração, como o infarto do miocárdio. 

Fumar aumenta a pressão arterial, diminui a capacidade de realizar exercícios físicos e aumenta o risco de formação de coágulos sanguíneos. Mulheres que fumam e tomam anticoncepcionais têm um risco aumentado de AVC. 

Repensar os hábitos de vida talvez seja uma medida muito apropriada para prevenir essa doença, que é uma das causas mais frequentes de morte e incapacidades na população adulta brasileira.

Fonte: Gisele Sampaio, neurologista
Hospital Albert Einstein

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