Câncer de bexiga afeta mais os homens no Brasil


Câncer de bexiga afeta mais os homens no Brasil

Durante a cobertura do Instituto Lado a Lado pela Vida sobre o VI Congresso Internacional de Uro-Oncologia, uma das palestras sobre o câncer de bexiga, chamou a atenção para um dado: os homens são os principais pacientes deste tipo de tumor.

A oncologista Carina Meira Abrahão, destacou que este tipo de câncer é o segundo tumor urológico mais frequente e o quarto com maior incidência no público masculino.

Em 2014, no Brasil, foram diagnosticados 8.940 casos, sendo que 6.750 em homens e 2.190 em mulheres.


“O tratamento deste tipo de câncer é multidisciplinar e pessoas na faixa etária dos 50 aos 70 anos são os principais pacientes, devido ter passado mais tempo expostos aos fatores de risco da doença, onde o principal deles é o tabagismo”, explica a oncologista.
Segundo a médica, pessoas fumantes têm quatro vezes mais chances de desenvolver este câncer sobre os indivíduos não fumantes. Isso acontece porque o fumante inala uma substância chamada carcinógeno, que circula pelo sangue até chegar na urina, e é filtrado pelo rim. “Outro fator de risco em destaque são pessoas que mantém em seu dia a dia contato com produtos químicos e orgânicos. Pintores, por exemplo, estão mais vulneráveis a este câncer”, orienta.

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Conheça os principais sinais e sintomas da doença:

- Urgência miccional (Urina mais vezes, e estão sempre "apertados")

- Perda de peso

- Dores abdominais

- Queda no estado geral da saúde

O diagnóstico do câncer de bexiga acontece após uma avaliação do histórico clínico do paciente, além de exame de urina tipo 1 e também um exame chamado de cistoscopia e a biópsia. A cistoscopia é um exame que avalia a parede da bexiga, sendo considerado o principal exame para diagnosticar o câncer de bexiga.

A oncologista destaca que a maior parte dos tumores são descobertos no início. “70% dos casos são diagnosticados no começo da doença e 60% dos casos progridem para uma doença músculo invasiva, que pode desenvolver metástase em até 2 anos após o diagnóstico”.

Sobre a metodologia do tratamento, isso vai depender de diversas variáveis do paciente. Entre as opções existem a imunoterapia e opções cirúrgicas. “É preciso sempre se lembrar da qualidade de vida do paciente e a melhoria da sobrevida dele”, destaca Carina, que indica tratamento multiprofissional para estes pacientes. “É preciso contar com o suporte nutricional e fisioterapia durante tratamento pós-cirúrgico, não só apenas a consulta com o oncologista”, finaliza.

Fonte: Instituto Lado a Lado pela Vida


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