Dieta sempre foi sinônimo de fechar a boca e de abrir mão das guloseimas, principalmente, massas e doces. Apesar de ainda seguido pela maioria das pessoas, esse modelo de regime não é o mais indicado.
Segundo especialistas, o sucesso para colocar mesmo em prática o verbo emagrecer não está apenas no que se consome, mas na quantidade do que é ingerido. Além, claro, do ingrediente paciência.
A busca pelo corpo perfeito em um curto espaço de tempo é o que leva boa parte dos brasileiros a adotar dietas radicais, muitas vezes da moda. Apesar de levarem à perda rápida de peso, esses regimes não surtem efeito em longo prazo e a pessoa volta facilmente a engordar. "O problema dessas dietas é que elas restringem a ingestão de grupos de alimentos, como proteínas, carboidratos e gorduras", afirma dr. Simão Lottenberg, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein.
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A restrição total de carboidrato na alimentação, por exemplo, deve ser completamente evitada. O nutriente é o que dá energia para as atividades do organismo. Ele é o responsável por aquela sensação de saciedade. Já as dietas que restringem gorduras causam aumento excessivo no consumo de carboidratos. Quando o nutriente retirado da alimentação é a proteína, ocorre deficiência na fabricação dos tecidos do organismo. As proteínas têm a função de reparar os tecidos danificados.
Reeducação alimentar
Mas, em um país no qual cerca de 40% da população está com sobrepeso, o que fazer para evitar a adoção das chamadas dietas milagrosas? "Apesar de repetitivo, o velho discurso de reeducação alimentar ainda é a melhor forma – e a mais saudável – de perder peso", garante o dr. Simão.
Como o próprio nome diz, reeducação alimentar é um processo de aprendizagem no qual a pessoa, além de conhecer melhor os alimentos, passa a selecioná-los de forma saudável. O próprio hábito de comer também passa por mudanças, uma vez que é preciso controlar horários e, principalmente, a ansiedade em não atacar a geladeira. Conheça algumas regras da reeducação alimentar:
* Corrija, aos poucos, sua atitude em relação aos alimentos;
* Tenha paciência, pois não é saudável emagrecer do dia para a noite;
* Não exclua, de repente, um alimento: aprenda quando e quanto pode consumi-lo;
* Determine horário para as refeições;
* Substitua doces gordurosos por frutas frescas;
* Controle a ansiedade fazendo atividade que desvie sua atenção da comida;
* Beba bastante água;
* Faça pratos coloridos, com verduras e legumes.
Para Simão Lottenberg, o grande problema do brasileiro é adotar os hábitos alimentares dos americanos. "Seria bem melhor se ele continuasse a comer o velho arroz com feijão", diz. Vale lembrar que até mesmo a reeducação alimentar deve levar em conta a predisposição da pessoa em engordar, a idade e seu metabolismo. "A reeducação alimentar permite recaídas, ela não é uma linha reta e sim uma espiral. É necessário, apenas, que a pessoa tenha consciência e força de vontade em sempre retomar os hábitos saudáveis", acrescenta.
A nutricionista Odete Sanches, alerta para que, antes de iniciar uma dieta, seja levada em consideração a composição corporal (o que é gordura e o que é músculo) e as atividades praticadas diariamente, antes de definir o cardápio. "E para prevenir o efeito sanfona e garantir a ingestão de todos os nutrientes necessários, recomendo seguir a conhecida pirâmide alimentar adaptada às necessidades individuais. Também é importante verificar a composição dos alimentos prontos, nas embalagens, e evitar excesso de gordura saturada e trans", ensina Odete.
Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein
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