Estudo liga obesidade feminina a risco de dez tipos de câncer

Estudo liga obesidade feminina a risco de dez tipos de câncer


Pesquisa monitorou 5 milhões de pessoas durante sete anos; câncer de útero registrou maior aumento de risco, seguido pelos de vesícula, rim, colo do útero, tireoide e leucemia.

O excesso de peso eleva o risco de desenvolver dez dos tipos de câncer mais comuns, como já vimos divulgando aqui no site Aliados da Saúde de acordo com o mais abrangente estudo já realizado sobre a relação entre obesidade e câncer, publicado na Grã-Bretanha.


Em um artigo na revista de medicina Lancet, os cientistas da London School of Hygiene and Tropical Medicine afirmam que o país teria 12 mil casos de câncer a menos por ano se ninguém estivesse acima do peso.

Se os níveis de obesidade continuarem a aumentar, estimam os pesquisadores, 3,7 mil novos diagnósticos de câncer serão feitos anualmente. A pesquisa monitorou alterações na saúde de cinco milhões de pessoas que vivem na Grã-Bretanha durante sete anos.

Os autores descobriram uma relação direta entre o aumento de peso – de 13 a 16 quilos em adultos – e o crescimento do risco de desenvolver seis tipos de câncer. O câncer de útero foi o que teve o maior aumento de risco. Depois vieram vesícula, rim, colo do útero, tireoide e leucemia – que teve o menor aumento do risco.

“Houve uma grande variação no efeito do IMC sobre diferentes tipos de câncer”, disse Krishnan Bhaskaran, que coordenou a pesquisa.

“Por exemplo, o risco de câncer de útero aumentou substancialmente com um IMC maior. Para outros tipos de câncer, vimos um aumento mais modesto no risco ou nenhum efeito. Essa variação indica que o IMC deve afetar o risco de câncer por meio de um número de diferentes processos, dependendo do tipo de câncer.”

Pessoas com altos índices de massa corporal (IMC, calculado com base no peso e na altura) também foram mais propensas a desenvolver câncer do fígado, cólon, ovários e câncer de mama pós-menopausa.

Mas os efeitos do aumento de peso para esses tipos de câncer ficaram menos claros e foram influenciados por fatores individuais, tais como a menopausa.

Embora a obesidade esteja associada ao desenvolvimento de tipos de câncer mais comuns – que representam 90% dos cânceres diagnosticados no Reino Unido–, os pesquisadores dizem que alguns não mostraram nenhuma relação com o peso.

Além disso, alguns indícios sugerem que um IMC maior está associado a uma chance menor de desenvolver câncer de próstata.

O especialista Tom Stansfield, da organização Cancer Research UK, disse que a pesquisa deixa “clara” uma relação entre excesso de peso e riscos de desenvolver câncer. “Manter um peso saudável reduz o risco de câncer, e a melhor maneira de fazer isso é com uma dieta equilibrada e exercícios regulares.”


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