Homens - A preocupação com a saúde é para todos

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A grande maioria dos homens não dá a importância devida a saúde

O homem que nunca deixou a saúde em segundo plano que atire a primeira pedra!

É comum ouvir por aí que os homens não costumam dar muita importância à saúde. Não há como negar, a maioria de nós tem este defeito (me incluo totalmente). 

E essa questão pareceu se tornar mais concreta em meados de 2009, quando tanto o Ministério da Saúde quanto a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) lançaram ações chamando a atenção para a saúde do público masculino.


Como qualquer pessoa, os homens precisam, sim, ter cuidado com a saúde. Mas, não é correto dizer que eles são relaxados nesse sentido. “Fica essa impressão porque as mulheres têm mais contato como o ginecologista, é um processo mais fácil para elas, que engravidam, têm filhos e acabam indo se consultar mais vezes do que os homens”, afirma Oskar Kaufmann, urologista da SBU e dos hospitais Albert Einstein, São Luiz e do Hospital do Homem.


O que existe, de fato, como explica o Ministério da Saúde, são questões institucionais que levam os homens a adiar ou evitar a ida ao médico, como o horário de funcionamento dos estabelecimentos de saúde, difícil acesso ou presença de mulheres para certos exames. Além de barreiras sócio-culturais.

 “Tem um pouco de vergonha, de tabus. Às vezes, nesse mundo louco de trabalho, de viagens, a saúde é algo que acaba ficando em segundo plano”, afirma o especialista.
Assim, as ações que incentivam o cuidado com saúde dos homens fazem sentido. Segundo a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (veja o vídeo, muito bem elaborado, diga-se de passagem,  da campanha: a cada três mortes de pessoas adultas, duas são de homens.



Isso porque eles, entre outros motivos, têm mais doenças de coração, cânceres, colesterol elevado e diabetes; não procuram serviços de saúde e não seguem tratamentos, estão mais expostos a acidentes e se envolvem mais em situações de violência.


Importância de ir ao médico é tratar doenças ainda na fase inicial

De acordo com Kaufmann, não é possível especificar exatamente quais problemas afetam os homens que deixam a saúde de lado.
“No geral, as doenças mais perigosas ainda são as cardiológicas e, conforme a população vai se tornando mais velha, ganham destaque também as oncológicas. A importância do homem procurar assistência médica não é para melhorar esse ou aquele problema. É preciso prevenir o que for possível e tratar doenças enquanto estiverem na fase inicial”, alerta o urologista.
Desse modo, o especialista recomenda que homens com histórico de câncer na família passem a se consultar com frequência com um médico a partir dos 40 anos. “No mais, 45 é idade a partir da qual deve-se fazer um check-up da próstata a fim de se ter mais segurança, para que não se corra riscos”, completa Kaufmann.

No caso dos mais jovens ou até crianças, é preciso atenção para sinais que possam indicar problemas de saúde. “Para um menino, um dos dois testículos não descer, apresentar hidrocele (aumento de água no saco escrotal) infecção urinária e fimose são as principais causas para que seja levado a um especialista. É importante que o pediatra sempre veja se está tudo em ordem com relação ao pênis e toda a região e, havendo qualquer alteração, deve-se procurar um urologista”, orienta o médico.

Mulheres têm participação na ida dos homens ao médico

Um levantamento da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo (SBU-SP) realizado com urologistas do Estado apontou que, em muitos casos, os homens vão ao médico por influência de mulheres. Quando perguntados sobre o que os convence a buscar assistência médica, em 50% dos casos a resposta foi que “cederam às pressões da esposa ou da namorada”.

“As mulheres podem cobrar, incentivar seus maridos para que também procurem assistência igual a elas. O homem tem que fazer o mesmo, passar com o clínico geral, o cardiologista ou o urologista pelo menos uma vez por ano. É muito mais fácil prevenir ou tratar de uma doença quando ela é precoce. Caso contrário, perde-se muito tempo”, reforça Kaufmann.

A participação das mulheres se torna ainda mais importante tendo em vista a ainda pequena quantidade de campanhas de saúde voltadas para os homens. 

“No caso de gerações mais antigas, com cabeça mais definida, a dificuldade é ainda maior. Se as campanhas para o público masculino forem mais constantes, igual, citando as mulheres, às ações direcionadas para o câncer de mama, que ocorrem todo ano, conforme passar o tempo, será possível conscientizar cada vez mais”, conclui o urologista.

Fontes pesquisadas: Ministério da Saúde / Hospital Albert Einstein / Pfizer

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