Pedras nos Rins - Com o calor excessivo redobre os cuidados com os rins |
Com o calor excessivo, redobre os cuidados com a hidratação para evitar a formação de pedra nos rins
Os cálculos, conhecidos popularmente como pedras nos rins, afetam 5% das mulheres e 12% dos homens, e são especialmente afetados pelo calor.
De acordo com o Centro de Referência em Saúde do Homem, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo, o calor é o causador de 30% dos números de casos de cálculos renais, problema popularmente conhecido como “pedras nos rins”.Com o aumento da transpiração, a recomendação é a ingestão de maior quantidade líquidos para manter o corpo hidratado, além de uma dieta equilibrada com a redução do sal, proteína animal e frituras.
Vejam neste vídeo publicado pelo site Tua Saúde no youtube, algumas recomendações de alimentação para prevenção e tratamento de pedra nos rins.
No verão, o calor intenso e a falta de ingestão de líquido são os fatores que comprometem a saúde dos rins, por causa do surgimento dos cálculos renais. Para as pessoas que já sofrem do problema, a propensão a ter mais cálculos no período das altas temperaturas é muito maior em comparação as outras estações do ano.
O cálculo renal é um quadro que surge geralmente pelo acúmulo de cristais a partir de substâncias presentes na urina. Eles são formados por ácido úrico, oxalato, cálcio e cistina.
De acordo com o especialista, José Gastão Rocha de Carvalho, nefrologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, essas substâncias se depositam nos rins ou no canal urinário em formato de pedras e podem provocar dores intensas, e obstruções no sistema urinário, gerando riscos e complicações.
Os rins são vitais para a sobrevivência do ser humano. Eles fazem parte do sistema excretor e têm a importante missão de filtrar o sangue e eliminar substâncias que podem prejudicar o organismo, além de regular a estabilidade do ácido básico para manter o pH sanguíneo constante, preservar o equilíbrio de eletrólitos no corpo, como o sódio, potássio, cálcio, fósforo etc, e de produzir hormônios que auxiliam na fabricação dos glóbulos vermelhos.
Formação dos cálculos renais
A presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Carmen Tzanno, informa que, em geral, as pessoas com propensão a ter pedras nos rins têm uma excreção mais elevada de cristais na urina e, quando a hidratação deixa de ser eficaz, a urina fica mais concentrada e os cristais tendem a se depositar.
“Em geral, os cálculos renais podem ser resultado de um distúrbio metabólico que pode causar a hipercalciúria (excreção de cálcio). Em outros casos, se deve à hipocitratúria (deficiência de citrato urinário). Também as pedras nos rins podem estar associadas à doenças como o hiperparatireoidismo (excesso de hormônio que equilibra o cálcio, a vitamina D e o fósforo), além do uso de alguns tipos de medicamentos ou pós-cirurgia bariátrica”, enfatiza.
As pedras nos rins nem sempre demonstram evidências que estão presentes no organismo. Em alguns casos, quando o paciente percebe, o problema já está em estágio avançado. “Muitas pessoas nem imaginam que têm pedras nos rins. Elas acabam descobrindo em exames de rotina como, por exemplo, em uma ultrassonografia renal e das vias urinárias. Nesses casos, não existem sintomas aparentes e podem surgir cristais ou alteração do sedimento no exame de urina. Quando a pedra está sendo expelida, ocorrem cólicas que, em geral, se iniciam nas costas (região lombar) e migram para a região abdominal, escroto e face interna das coxas. A urina pode se apresentar vermelha devido à presença de sangue”, explica Carmen. Especialistas explicam que a cólica pode ser tão intensa a ponto de causar náuseas e vômitos e necessitar de internação hospitalar para acompanhamento do caso. Esses episódios costumam atrapalhar o dia a dia do indivíduo, impossibilitando-o de realizar atividades cotidianas.
Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SMN), quando os sintomas se manifestam, eles se caracterizam por dificuldade em urinar, queimação ou dor, urina com aspecto sanguinolento, pressão alta, inchaço nas pernas e ao redor dos olhos, fraqueza constante e dor lombar. O paciente ainda pode ir repetidas vezes ao banheiro, principalmente à noite.
Tratamento
Antes da prescrição do tratamento mais eficaz, é necessário descobrir qual a causa dos cálculos renais. “A indicação pode variar desde somente a correção da má alimentação, substituição de medicamentos, chegando à cirurgia em caso de hiperparatireoidismo. Durante os quadros de cólicas renais, o paciente é medicado com analgésico e anti-inflamatórios, e a pedra pode ser expelida espontaneamente ou passar por um processo de “quebra” em pequenos fragmentos a laser ou por meio da litotripsia (ondas de choque no local dos cálculos)”, elucida a nefrologista.
A profissional ainda enfatiza que quem tem pedra nos rins devido a distúrbios metabólicos pode ter o problema mais de uma vez. No entanto, quando elas são causadas por medicamentos ou estão associadas a algum tipo de doença, o paciente pode ficar curado.
A dieta certa
Para as pessoas que têm tendência a desenvolver cálculos renais, é recomendado não exagerar no consumo de conservas (azeitona, palmito, milho) enlatados (seleta de legumes, extrato de tomate), embutidos (presunto, mortadela, salsicha), salgadinhos e aperitivos (amendoim, batata frita), biscoitos, molhos prontos (mostarda, ketchup, shoyo), frutos do mar, margarina ou manteiga, café, chá, refrigerante, chocolate etc. Não abra mão de consumir alimentos ricos em água, fibras (pão integral, arroz integral, verduras de folhas) e suco de frutas cítricas.
Fatores que podem levar a cálculos renais
Adultos acima dos 40 anos são mais propensos que pessoas mais jovens;
Homens são mais suscetíveis que mulheres;
Alguns tipos de medicamentos;
Excesso de peso;
Consumo em excesso de proteína, sódio, açúcar ou água inadequada;
Doenças digestivas, intestinais e ácido úrico elevados.
Os casos de cálculos renais também podem estra associados a fatores genéticos e doenças como diabetes, obesidade, hipertensão, gota e insuficiência renal crônica.
Fontes: Portal Uol - Hospital Albert Einstein - Site Tua Saúde (Youtube)
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