Longevidade e Qualidade de Vida

o poder medicinal das ervas, plantas e frutas

Em entrevista ao Portal da Terceira Idade, o geriatra Dr. Jorge Jamili fala sobre pesquisas envolvendo estudos relacionados às células tronco, estilo de vida, hábitos saudáveis e alimentação.

Longevidade tem sido, há séculos, o ‘Santo Graal’ da ciência. Milhares de pesquisas, em todo o mundo, têm sido feitas sobre o assunto, envolvendo desde estudos relacionados às células tronco, estilo de vida, hábitos saudáveis e alimentação. 


Para falar mais sobre o assunto, o Portal Terceira Idade entrevistou o Dr. Jorge Jamili, geriatra e especialista em medicina preventiva da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, que, nos últimos 30 anos, tem procurado combinar a essência das filosofias orientais com a ciência médica contemporânea e a naturopatia. 

Hoje, sua prática médica é baseada na medicina preventiva e regenerativa natural, cujo foco é identificar e corrigir as deficiências metabólicas do organismo, prevenindo as doenças, e proporcionando melhora funcional e da qualidade de vida. 

Confira a entrevista, abaixo. 

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Quais são as últimas pesquisas sobre longevidade e o que elas indicam e sugerem para a população conseguir ter uma vida longa? 
Dr. Jorge Jamili: Há alguns estudos promissores relacionados às células tronco e à telomerase que podem contribuir com o prolongamento da vida. Porém, nenhum estudo tem apresentado resultados concretos e relevantes. O certo, hoje, é que o estilo de vida, com hábitos saudáveis, ainda é a melhor forma de vivermos mais e melhor. 

Quais hábitos já são cientificamente comprovados que nos levam à longevidade hoje? 
Cada pessoa tem um estilo de vida próprio que precisa ser ajustado com a finalidade de prevenir as doenças e promover saúde e qualidade de vida. A alimentação, a atividade física regular, o equilíbrio emocional e algum tipo de espiritualidade, formam a base para uma longevidade saudável. Além desses fatores, devemos considerar também a genética familiar. Os exames laboratoriais possibilitam identificar os pontos fragilizados da pessoa, que deverão ser corrigidos, inicialmente, através de métodos naturais como nutrição equilibrada, complementação nutricional, fitoterápicos, nutracêuticos e desintoxicação. O uso de medicamentos deverá ser considerado apenas após essas medidas. 

Quais alimentos devem ser ingeridos frequentemente e que podem nos dar vida longa e por quê? 
O primeiro passo para a longevidade é praticar exercícios físicos e manter uma mente ativa seja por meio de atividades lúdicas, que exigem raciocínio complexo e os mais simples, como mudar a rotina diária. É importante lembrar que para sobreviver, nossos antepassados eram obrigados a praticarem atividades físicas diárias. Herdamos essa característica em nossos genes e, por isso, todos os órgãos e sistemas do corpo respondem positivamente à atividade física regular. Em complementação aos exercícios diários, manter uma alimentação equilibrada contribui para a qualidade de vida e a longevidade. 

Suplementos e vitaminas são necessários para uma vida longa com qualidade? 
As vitaminas e minerais constituem a base para a saúde plena. Exercem ação antioxidante e contribuem para neutralizar os radicais livres. O ideal é obtermos esses nutrientes através da alimentação, porém, com o avançar da idade nosso organismo diminui a capacidade de obter os nutrientes dos alimentos que, por sua vez encontram-se cada vez mais industrializados e empobrecidos dos nutrientes vitais. Como resultado, pode haver a falta de nutrientes para o bom funcionamento do organismo. Para repor o Cálcio, por exemplo, o mercado oferece esse mineral extraído de fontes animal, produzido em laboratório, o sintético e o Cálcio de origem vegetal. Este último é encontrado no Brasil nas algas marinhas (alga Lithothamium) e oferece a forma mais assimilável dos minerais pelo organismo. A reposição com essa alga, combinada com uma boa alimentação equilibrada, rica em vegetais frescos e orgânicos, cereais integrais, proteínas de alto valor biológico como ovos e frango caipira, são a base de uma boa alimentação. 

Como a suplementação de minerais pode ajudar a prevenir o envelhecimento precoce e a saúde? 
A suplementação mineral através de algas marinhas oferece a melhor forma de absorção dos minerais. Os vegetais têm a propriedade de absorver os minerais da terra, e os animais e seres humanos, têm que obter os minerais essenciais à vida por meio dos vegetais. Portanto, as algas marinhas são a melhor fonte de minerais tanto quantitativamente, por serem ricas nos minerais, como também qualitativamente. 

Qual o papel do cálcio para a saúde ao longo da vida? 
O cálcio é um nutriente fundamental para manter os ossos fortes por toda a vida, além de ter papel de destaque em outras funções vitais, como as batidas do coração. No entanto, o brasileiro ingere em média 450 mg de cálcio diariamente, o que é menos da metade da recomendação de consumo, 1.000 mg/dia. 

Somente as pessoas mais velhas precisam se preocupar em consumir cálcio para evitar problemas nos ossos? 
O cálcio é um nutriente vital e desempenha diversos papéis no organismo como atuar nas contrações musculares (incluindo os batimentos cardíacos), na transmissão de impulsos nervosos e constituir os ossos. Por isso, todos precisam ingerir cálcio durante ao longo da vida. Para se ter uma ideia, quase todos os ossos do esqueleto (90%) são formados até os 20 anos de idade e, quando o indivíduo se torna adulto, a formação de massa óssea se estabiliza.

A partir dos 35 anos, a atividade osteoclástica (que tira o cálcio dos ossos para torna-lo disponível para outras funções do organismo) fica mais intensa, levando a um declínio de até 8% da massa óssea a cada década. É preciso então deixar a ingestão de cálcio em dia para prevenir eventuais problemas ósseos na maturidade, principalmente no caso das mulheres, que ainda sofrem os impactos da menopausa, o que dificulta a absorção do nutriente pelo organismo. Para elas, o uso de um suplemento alimentar de cálcio passa a ser indicado para garantir a ingestão mínima desse mineral na pós-menopausa. 

Quais são as principais fontes de cálcio? 
O Cálcio exerce duas funções fisiológicas essenciais: transmitir mensagens no interior das células e conferir dureza e resistência à estrutura óssea. Como sua eliminação pela urina, fezes e suor é inevitável, a ingestão de quantidades insuficientes por períodos prolongados pode afetar diversos processos biológicos.

Entre as fontes naturais de cálcio estão: sardinha, laranja, semente de gergelim, salsa, rúcula, linhaça, manjericão, grão de bico, soja, brócolis e amêndoas. De acordo com Dr. Jorge Jamili, geriatra e especialista em medicina preventiva da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, o consumo do cálcio deve ocorrer ao longo de toda a vida. “90% dos ossos têm sua formação concluída na adolescência, em torno dos 20 anos e, a partir dos 35 anos, a perda do cálcio se torna mais intensa, levando a uma redução de até 8% da massa óssea a cada década”, informa o especialista. 

Quais são as doses de cálcio ideais? 
Para mulheres de 19 a 50 anos e homens de 19 a70, a dose diária recomendada é de 1.000 mg/dia. Mulheres com mais de 50 anos e homens acima de 70 requerem 1.200 mg/dia. 

Os suplementos de cálcio são todos iguais? 
Há no mercado diversos tipos de suplementos de cálcio de origem animal, sintético e vegetal. Este último é extraído de algas marinhas e, por ser um repositor de minerais natural, oferece segurança à saúde porque seus elementos são organizados harmonicamente pela própria alga sem que haja conflito, sendo absorvido em sua quase totalidade pelo organismo.

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), o cálcio de origem vegetal tem maior poder de absorção (86,7%) em comparação com as fontes de origem mineral (69,7%) e animal (27,4%). A estrutura celular da alga marinha e sua porosidade podem explicar estes resultados. A alga oferece uma grande superfície de troca iônica e torna seus nutrientes biodisponíveis, diferentemente das demais fontes de cálcio presentes no mercado, de acordo com o estudo realizado pela UFMG.

Fonte: Portal Terceira Idade


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